sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Ilusão

A Ilusão toma conta do mundo
Tudo é vão e Tudo é em vão
Aquilo que se espera não é aquilo que satisfaz
E aquilo que se tem não é o suficiente para se ser

Toda ilusão se desfaz com a verdade

Não a verdade dos homens

Nem a verdade das idéias


Mas a verdade do Ser

Busca tua verdade

E teus olhos se abrirão

e enxergaras teu mundo

fora de teu próprio ser.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Nome

Chamam-me por um nome
A que a mim foi dado por minha mãe
foi registrado e lavrado em cartório
mas não é o nome a qual anseio ser chamado.

Vivo o nome daquilo que abraço.
Vivo o nome pelo qual choro angustiado em algumas madrugadas de solidão.
Vivo o nome daquilo que reprimo em meio peito, e que como uma ave presa em
uma gaiola se debate e luta por liberdade.

Porque esse ser nomeado canta a sua esperança para poder existir,
pois para tal, a esperança é o alimento de sua existência.

VIDA é seu nome.

Que eu possa libertar minha VIDA de mim mesmo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Serendipty


Quero um amor para doar.


Quero um amor, que me preencha


Quero ser inteiro amor


Quero ser completo.


 
Quero muito, mais quero pouco precisar


Afinal, quem muito precisa, pouco ama


E quem muito dispõe, muito recebe.


Amor é ser de muitas moradas e de muitas formas


Não conjuga outro pronome que não seja o ‘’Nós’’


Portanto, não confunda o amor com o vício


Pois quanto mais se precisa do amor, mais se tem o vício


E quando mais se dispõe o amar, mais o amor se achega


Mais o amor te acalenta


Mais ele te afaga e te diz:


‘’Acalma-te, estou contigo, não me chamastes, mas muito me doaste,
e agora contigo desejo morar’’


Portanto, se desejas receber o amor, não ocupe o lugar dele


Levante-se, sirva a ele um agrado e de adeus si mesmo.


E o que de ti restar


ao amor caberá transformar...



Henrique Landim







terça-feira, 18 de outubro de 2011



O Milagre das Auroras

Era uma vez um Céu escuro

Sem nuvens

Sem estrelas

Sem Lua

Muito menos Sol

Tudo era apenas coberto pelo mais profundo azul escuro

Às vezes, neste Céu, corriam alguns cometas, que cruzavam imponentes todo aquele grande espaço negro.

Faziam barulho, brilhavam forte, promovendo grandes explosões

Enquanto o Céu a pensava consigo mesmo:

‘’Será algum destes belos cometas, aquele que me tornará mais colorido? Será algum deles, aquele que me fará companhia durante a ausência de meus dias, e noites?’’

Mas, os cometas corriam depressa, percorrendo todo aquele grande pálio escuro e vazio, causando grande impacto, realmente chamando atenção, mas nunca ficavam, nunca esperavam, sempre buscando alimentar sua sede de mostrar seu brilho em todos os cantos do céu e da terra, vivendo para enriquecer seus egos, suas vaidades, precisavam apenas do fundo negro daquele firmamento escuro para realçar sua própria vaidade.

O Céu, por sua vez, vendo que era considerado apenas um cenário para tal espetáculo, escureceu mais ainda, tornando-se recluso, fazendo chover seu lamento sobre toda a terra.

E ao chegar o inverno, mais uma vez o triste Céu iniciou seu trabalho.

Fez chover...

Fez nevar...

Fez escurecer...

Nenhum cometa atravessou o Céu naquele dia de inverno.
Mas, o Pai Universo, aquele que reinava sobre o Céu, a Terra e todos os astros, havia reservado algo para aquele céu tão triste.

Enquanto seu lamento caia sobre o solo, quando aquele solitário firmamento começou a se acostumar junto a sua aparente interminável solidão, algo aconteceu.

Uma pequena luz brotou em seu corpo.

O Céu achou que era apenas mais algum cometa vaidoso, desejando realçar seu brilho.
Mas, aquela luz, era diferente.

Era calma, não se assemelhava ao clarão causado pelas labaredas dos astros corredores.

Era tranqüila.

Transmitia paz.

E o Céu, admirado junto a aquela luz que aos poucos, tomava espaço em seu corpo, se perguntava em secreto o que seria aquele fenômeno que lhe transmitia tanta esperança.

Luzes de diversas formas tomaram todo espaço, dançavam calmamente, sem a pressa e a vaidade dos cometas, criando diversas cores, diversos tons, produzindo um belo espetáculo, acalmando a infelicidade daquele ser outrora solitário

Pela primeira vez, o triste Céu sorriu.
E em seu sorriso, diversas estrelas surgiram, formando uma enorme constelação, que também passou a fazer parte daquela inesperada festa.

O Céu estava feliz, plenamente feliz, pois agora, havia passado a amar aquelas luzes dançantes e coloridas, e delas, havia recebido importância que o mesmo nunca havia experimentado.

E as ''Luzes do Inverno'' foram chamadas de ''Auroras'‘, que tinha por significado

''O Romper de um novo Dia''.

E assim...

Céu passou a Amanhecer

E também a anoitecer.

Mas as Auroras, elas sim, o fizeram VIVER.

E toda noite, o firmamento cedia espaço para aquela grande festa, onde a lua, o sol, as estrelas, e as Auroras brincavam e dançavam , iluminando toda a terra.

E aquele humano, aquele que observou em secreto toda a solidão do firmamento durante tanto tempo, durante tantas gerações, aquele que o Céu, durante anos, sem saber, envolveu em suas trevas

Deixou amanhecer sua alma

e encontrou seu caminho para casa...

Henrique Landim

quinta-feira, 11 de agosto de 2011








Da Razão e Da Paixão





E a sacerdotisa adiantou-se novamente e disse: "Fala-nos da razão e da paixão".


E ele respondeu, dizendo: Vossa alma é freqüentemente um campo de batalha onde vossa razão e vosso juízo combatem vossa paixão e vosso apetite. Pudesse eu ser o pacificador de vossa alma, transformando a discórdia e a rivalidade entre vossos elementos em união e harmonia. Mas como poderei fazê-lo, a menos que vós mesmos sejais também pacificadores, mais ainda, enamorados de todos os vossos elementos? Vossa razão e vossa paixão são o leme e as velas de vossa alma navegante. Se vossas velas ou vosso leme se quebram, só podereis derivar ou permanecer imóveis no meio do mar. Pois a razão, reinando sozinha, restringe todo impulso; e a paixão, deixada a si, é um fogo que arde até sua própria destruição.


Que vossa alma eleve, portanto, vossa razão à altura de vossa paixão, para que ela possa cantar, E que dirija vossa paixão a par com vossa razão, para que ela possa viver numa ressurreição cotidiana e, como a fênix, renascer das próprias cinzas.


Gostaria que tratásseis vosso juízo e vosso apetite como trataríeis dois hóspedes amados em vossa casa. Certamente não honraríeis um hóspede mais do que o outro; pois quem procura tratar melhor um dos dois, perde o amor e a confiança de ambos. Entre as colinas, quando vos sentardes à sombra fresca dos álamos brancos, compartilhando a paz e a serenidade dos campos e dos prados distantes, então que vosso coração diga em silêncio: "Deus repousa na razão". E quando bramir a tempestade, e o vento poderoso sacudir a floresta, e o trovão e o relâmpago proclamarem a majestade do céu, então que vosso coração diga com temor e respeito: "Deus age na paixão". E já que sois um sopro na esfera de Deus e uma folha na floresta de Deus, vós também devereis descansar na razão e agir na paixão.







(Khalil Gibran)






segunda-feira, 2 de março de 2009

Winter Lights


Algumas coisas não se pode evitar...

Certas situações não se pode enfrentar sozinho...

Tem certos medos, que não se vão com um simples fechar de olhos...

Certas dores, que não passam apenas com remédio.

Algumas descobertas necessitam de barreiras, para que merecam a alcunha de ‘’grandes’’


Então

Não evite aquilo que não se pode deter, sem ao menos ter lutado

Enfrente tudo, situações existem para serem encaradas, e para delas, se tirar uma lição.

Medos são inevitáveis, mas se dobrar a eles, isso sim deve ser evitado.

Muitas vezes, o melhor remédio vem em forma de palavras e ações.

E as piores barreiras são aquelas que criamos quando se acredita que não existe algo de tão grande assim dentro de si para ser descoberto.